quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Casamentos de conveniência


“Casamentos de conveniência são casamentos que acontecem fundamentalmente com objetivo jurídico, social ou económico, sem que exista um vínculo sentimental entre os intervenientes”.

Observando a história de Waris, iniciada algures no deserto da Somália, facilmente percebemos que o principal motivo que a levou à fuga da sua família foi o facto do seu pai ter decidido que ela seria vendida a um homem consideravelmente mais velho, tornando-se a sua quarta mulher.

 O desejo de ter uma vida diferente e poder ter novas oportunidades falou mais alto, e aos 13 anos de idade envolve-se numa das maiores aventuras da sua vida, atravessando um longo caminho pelo deserto até Mogadíscio, capital da Somália, de onde com o apoio da sua avó consegue emigrar para Londres. É aí, anos mais tarde, no início da sua carreira como modelo que se descobre a sua permanência de forma ilegal no país. Assim, perante a necessidade de continuar em Londres e concretizar os seus sonhos, aceita a ajuda de um amigo (cidadão inglês) com quem casa para conseguir um visto de residência.

Em duas fases diferentes da sua vida, podemos constatar dois exemplos de casamento de conveniência: no primeiro, Waris ia casar-se para que a sua família pudesse obter alguns rendimentos, já que o seu futuro marido tinha grandes riquezas e pagaria bem pela sua venda; no segundo, viu-se quase obrigada a casar para que não fosse deportada para a Somália e consequentemente pudesse continuar a sua carreira.

Principalmente este segundo exemplo é bastante frequente nos dias de hoje, em muitos países da Europa incluindo Portugal. Os emigrantes instalam-se ilegalmente, acabando por casar com cidadãos do país para obterem um visto de residência.

Existem “redes” especializadas que organizam este tipo de casamentos, apesar de ser considerado crime no nosso país. Tal como afirma o Diário de Notícias, “A lei da imigração que penaliza o casamento de conveniência vigora desde Agosto de 2007. Quem casar com "o único objectivo" de obter um visto ou uma autorização de residência ou defraudar a legislação em matéria de aquisição da nacionalidade é punido com um a quatro anos de prisão, diz o artigo 186 da Lei de Estrangeiros. Quem o fizer de forma “reiterada ou organizada” arrisca dois a cinco anos de cadeia. A tentativa também é punível.”

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2760417

Adriana Lopes,   Nº1

Mutilaçao Genital Feminina (MGF)


A Mutilação Genital Feminina é vulgarmente conhecida por Circuncisão Feminina.  É uma pratica realizada em vários países, principalmente, na África, na Península Arábica e em zonas da Ásia.


Ficheiro:Female genital cutting.jpg


É realizado por certas culturas e consiste em remover uma maior ou menor parte dos lábios (as dobras macias de pele em redor da vagina) e o clítoris da mulher ou de uma menina. 


Existem quatro tipos de Circuncisão Feminina:
  1. A de primeiro grau consiste na remoção da parte superior do clítoris.
  2. A de segundo grau consiste na remoção completa do clítoris e parte dos pequenos lábios.
  3. A de terceiro grau consiste na remoção completa do clítoris e dos pequenos e grandes lábios.
  4. A de quarto grau, conhecida por infibulação consiste em cozer os dois lados da vulva após a remoção do clítoris e dos pequenos e grandes lábios. É apenas deixado um pequeno orifício para a menstruação.


A partir do segundo grau é considerado mutilação. Esta prática pode causar problemas graves, especialmente durante o parto.
A idade da circuncisão varia de acordo com a cultura. Pode ser desde os sete dias de idade até quando se dá à luz pela primeira vez. Geralmente são as mulheres mais velhas que se encarregam deste ritual. Usam objetos afiados como facas, lâminas de barbear ou certas plantas.


objetivo principal é a mulher respeitar o homem. A circuncisão impede a mulher de desfrutar das relações sexuais na sua totalidade. São mais humildes porque sentem menos prazer. No caso da infibulação, é para garantir a fidelidade da mulher. Cada vez que o marido sai em viagem ele realiza a infibulação e no seu retorno ele ‘rasga’ os pontos.
Mas existem varias complicações que podem ser:
Imediatas:
  • sangramento grave, que pode resultar em morte;
  • ferimentos causados a órgãos vizinhos como a uretra e recto;
  • infecção devido à falta de higiene, sendo a mais grave o tétano.
Posteriores:
  • dores fortes durante as relações sexuais;
  • problemas sexuais porque a mulher não sente desejo nem prazer;
  • infecções vaginais repetidas.


Ana Filipa Santos           Nº32    




quinta-feira, 10 de janeiro de 2013



Baseado num romance autobiográfico, o filme conta a arrepiante história de Waris Dirie, uma jovem somali que fez uma incrível jornada, nas condições mais duras do deserto da Somália para o sucesso inesperado como modelo e activista em Londres.
Waris teve uma infância bastante difícil, desde a mutilação genital feminina até se ter casado com um velho homem a troco de gado para a família. Assim, esta adolescente decide partir numa viagem pelo deserto, sem condições mínimas, até à capital, onde é enviada para Londres.
Já na cidade inglesa, começa uma nova vida, com esperança e sacrifício, onde  a sua força para superar o passado é posta à prova.

 Raquel Ferreira

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Medicamentos Genéricos


É importante saber distinguir medicamentos de referência de medicamentos genéricos. Assim, medicamentos de referência são, normalmente, medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente, por ocasião do registo junto ao Ministério da Saúde, através da Anvisa. São os medicamentos que, geralmente, se encontram há bastante tempo no mercado e têm uma marca comercial conhecida. Os custos de divulgação da marca e os custos de pesquisa e desenvolvimento (podendo levar anos estas pesquisas) fazem subir os preços dos medicamentos de referência. Já os medicamentos genéricos são medicamentos que tem a mesma fórmula e produz os mesmos efeitos no organismo que um medicamento de referência. É muito fácil identificar um genérico: ele vem com uma faixa que pode ser de várias cores, contendo as letras  MG. Para serem registados, os genéricos são submetidos a um rígido controle de qualidade, que assegura que o consumidor terá resultados exatamente iguais aos do remédio de referência. O sistema de avaliação dos MG passa pela realização de ensaios clínicos que visam determinar se as concentrações sanguíneas de um determinado medicamento atingem ou não os níveis exigíveis em diferentes parâmetros. Estes ensaios são habitualmente conhecidos como ensaios de Biodisponibilidade/Bioequivalência (BD/BE). O controle da fabricação e da qualidade não acontece só para o registo de medicamentos. É uma atividade permanente da ANVISA. No que se refere à propaganda dos medicamentos genéricos este é um processo muito dispendioso, ficando em milhares de euros e é feito essencialmente nas farmácias, apresentando o produto e convencendo-as da sua qualidade e potencial de venda; diretamente ao consumidor, no caso dos medicamentos de venda livre, para divulgar o produto, exaltando os seus benefícios e às vezes omitindo possíveis riscos; e, finalmente, o grande investimento, a propaganda junto aos médicos, com visitas pessoais, distribuição de encartes luxuosos e patrocínio de congressos e seminários, para que a classe médica conheça o medicamento e passe a receitá-lo para os pacientes-consumidores.  Este tipo de medicamentos trás algumas vantagens económicas uma vez que são 50% mais baratos do que os medicamentos de referência, tendo a mesma qualidade e ainda apresenta vantagens económicas para utentes e para o Serviço Nacional de Saúde uma vez que estes poupam ao comprar medicamentos genéricos. Um exemplo pode ser o aumento de medicamentos genéricos nos hospitais e outros serviços de saúde. Desvantagens económicas encontram-se ao nível da indústria farmacêutica que como sabemos encontra-se em “luto”. Segundo o Jornal Expresso as farmácias portuguesas foram chamadas a "pôr luto" e explicar aos utentes as razões que podem levar ao encerramento de 600 unidades, numa ação iniciada que inclui uma petição ao Governo para alterar as políticas do sector. A iniciativa envolve estudantes de farmácia, jovens farmacêuticos, sindicatos do sector e a ANF. A situação atual "deve-se a alterações na política do medicamento e à penalização das farmácias, não só pela degradação do preço dos medicamentos como pela degradação da sua margem“. Os profissionais pretendem demonstrar que as farmácias estão a funcionar já com uma margem negativa, ou seja, "sempre que dispensam um medicamento, o que recebem não é suficiente para suportar os seus custos".


Trabalho realizado por :
Lisa Lucas Nº 18
Mariana Colaço Nº24

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Norte-americanos ganham Prémio Nobel de Economia 2012

 

Os economistas americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley conquistaram o Prémio Nobel de Economia de 2012. Ambos foram premiados pelos seus trabalhos que mostram como unir diferentes agentes económicos, como estudantes e escolas ou doadores de órgãos. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (15), em Estocolmo, na Suécia.

A premiação, entregue pela Real Academia Sueca de Ciências, inclui a quantia de 8 milhões de coroas suecas, equivalentes a US$ 1,2 milhão (ou R$ 2,45 milhões). Roth, 60 anos, é professor da universidade de Harvard, e Shapley, 89 anos, leciona na Universidade da Califórnia.
O Prémio de Economia não é tecnicamente um Nobel, pois não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel, milionário que inventou a dinamite e doou sua fortuna para criar a premiação. A categoria de economia foi instituída em 1968 pelo Banco Central da Suécia.
 

 
Carolina Gomes, Nº2
 

Prémio Nobel da Economia 2012



Os americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley foram anunciados nesta segunda-feira como os vencedores do Prémio Nobel de Economia 2012 por seus trabalhos sobre os mercados e a maneira de associar seus agentes. 
Os estudos elaborados por Roth e Shapley abordam um "problema económico central", a otimização das dotações entre oferta e procura. O prémio diz respeito a dois professores que responderam esta questão em uma viagem desde a teoria abstrata das dotações estáveis até o desenho prático das instituições mercantis.
As suas pesquisas foram realizadas de forma independente, mas as suas contribuições foram um grande contributo à ecónomia.
Shapley e Roth realizaram suas pesquisas de forma independente, mas suas contribuições à economia são complementares. 
A combinação da teoria básica de Shapley e as pesquisas empíricas, os experimentos e desenhos práticos de Roth geraram uma  melhor  atuação de muitos mercados.
Os métodos criados por Shapley limitam os motivos dos agentes para manipular o processo de combinação, além de conseguir sempre uma alocação (1) estável. O matemático e economista americano foi capaz de mostrar como a estrutura específica de um método pode beneficiar de forma sistemática a uma ou outra parte do mercado.
Roth entendeu que os resultados teóricos de Shapley podiam servir para esclarecer o funcionamento na prática de vários mercados importantes e demonstrou que a estabilidade é fundamental para entender o êxito de instituições particulares do mercado.
Tomando como base o algoritmo de Gale-Shapley, ao qual introduziu modificações, Roth recriou com sucesso os métodos usados por instituições para emparelhar por exemplo médicos com hospitais, estudantes com escolas ou doadores de órgãos com pacientes que necessitam de um transplante.





(1)Alocação: Divisão dos elementos de produção acessíveis ou relacionados aos indivíduos entre companhias, empresas que disponibilizam o desenvolvimento de bens ou serviços.

Lisa Lucas  Nº18

Silicon Valley


O Vale do Silício (Silicon Valley), na Califórnia, Estados Unidos, é uma região na qual está situado um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de Chips, na eletrónica e informática. O Silicon Valley abrange várias cidades do estado da Califórnia e San José foi proclamada a capital desta região.
A industrialização desta região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento deu-se com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida ao armamento e aeroespacial. Foram as indústrias eletrónicas do Vale do Silício que forneceram transmissores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo.
O nome Vale do Silício foi criado por Ralph Vaerst, que foi fundador e investidor em várias empresas na região. O silício é a principal matéria-prima dos processadores fabricados por empresas que surgiram na região, tendo surgido daí a sua nomenclatura. Depois das empresas de semicondutores, o Vale foi palco de outras ondas tecnológicas, com empresas de computadores, equipamentos de telecomunicações, software e internet. A onda atual é a das mídias sociais, com empresas como Facebook, LinkedIn e Twitter.
O nome Silicon Valley acabou por se consagrar sinónimo de centro de tecnologia: a área que reúne empresas de internet em Nova York é chamada de Silicon Alley (“Beco do Silício”) e a região de Cambridge, em Inglaterra, que concentra empresas de alta tecnologia que saíram da universidade que leva o nome da cidade, tem o apelido de Silicon Fen (“Pântano do Silício”).
Em 2010, os investimentos de capital de risco subiram 5% no Vale do Silício, chegando a 5,9 mil milhões de dólares e a região deteve 27% de todo o investimento dos EUA.
Algumas empresas sediadas na região do Silicon Valley: Apple Inc., eBay, Google, Intel, Advanced Micro Devices, Hewlett-Packard (HP), Amazon.com, Facebook...
San José
 
 sede da empresa Apple
 
Luis Romeiro
Nº 20