quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Norte-americanos ganham Prémio Nobel de Economia 2012

 

Os economistas americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley conquistaram o Prémio Nobel de Economia de 2012. Ambos foram premiados pelos seus trabalhos que mostram como unir diferentes agentes económicos, como estudantes e escolas ou doadores de órgãos. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (15), em Estocolmo, na Suécia.

A premiação, entregue pela Real Academia Sueca de Ciências, inclui a quantia de 8 milhões de coroas suecas, equivalentes a US$ 1,2 milhão (ou R$ 2,45 milhões). Roth, 60 anos, é professor da universidade de Harvard, e Shapley, 89 anos, leciona na Universidade da Califórnia.
O Prémio de Economia não é tecnicamente um Nobel, pois não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel, milionário que inventou a dinamite e doou sua fortuna para criar a premiação. A categoria de economia foi instituída em 1968 pelo Banco Central da Suécia.
 

 
Carolina Gomes, Nº2
 

Prémio Nobel da Economia 2012



Os americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley foram anunciados nesta segunda-feira como os vencedores do Prémio Nobel de Economia 2012 por seus trabalhos sobre os mercados e a maneira de associar seus agentes. 
Os estudos elaborados por Roth e Shapley abordam um "problema económico central", a otimização das dotações entre oferta e procura. O prémio diz respeito a dois professores que responderam esta questão em uma viagem desde a teoria abstrata das dotações estáveis até o desenho prático das instituições mercantis.
As suas pesquisas foram realizadas de forma independente, mas as suas contribuições foram um grande contributo à ecónomia.
Shapley e Roth realizaram suas pesquisas de forma independente, mas suas contribuições à economia são complementares. 
A combinação da teoria básica de Shapley e as pesquisas empíricas, os experimentos e desenhos práticos de Roth geraram uma  melhor  atuação de muitos mercados.
Os métodos criados por Shapley limitam os motivos dos agentes para manipular o processo de combinação, além de conseguir sempre uma alocação (1) estável. O matemático e economista americano foi capaz de mostrar como a estrutura específica de um método pode beneficiar de forma sistemática a uma ou outra parte do mercado.
Roth entendeu que os resultados teóricos de Shapley podiam servir para esclarecer o funcionamento na prática de vários mercados importantes e demonstrou que a estabilidade é fundamental para entender o êxito de instituições particulares do mercado.
Tomando como base o algoritmo de Gale-Shapley, ao qual introduziu modificações, Roth recriou com sucesso os métodos usados por instituições para emparelhar por exemplo médicos com hospitais, estudantes com escolas ou doadores de órgãos com pacientes que necessitam de um transplante.





(1)Alocação: Divisão dos elementos de produção acessíveis ou relacionados aos indivíduos entre companhias, empresas que disponibilizam o desenvolvimento de bens ou serviços.

Lisa Lucas  Nº18

Silicon Valley


O Vale do Silício (Silicon Valley), na Califórnia, Estados Unidos, é uma região na qual está situado um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de Chips, na eletrónica e informática. O Silicon Valley abrange várias cidades do estado da Califórnia e San José foi proclamada a capital desta região.
A industrialização desta região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento deu-se com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida ao armamento e aeroespacial. Foram as indústrias eletrónicas do Vale do Silício que forneceram transmissores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo.
O nome Vale do Silício foi criado por Ralph Vaerst, que foi fundador e investidor em várias empresas na região. O silício é a principal matéria-prima dos processadores fabricados por empresas que surgiram na região, tendo surgido daí a sua nomenclatura. Depois das empresas de semicondutores, o Vale foi palco de outras ondas tecnológicas, com empresas de computadores, equipamentos de telecomunicações, software e internet. A onda atual é a das mídias sociais, com empresas como Facebook, LinkedIn e Twitter.
O nome Silicon Valley acabou por se consagrar sinónimo de centro de tecnologia: a área que reúne empresas de internet em Nova York é chamada de Silicon Alley (“Beco do Silício”) e a região de Cambridge, em Inglaterra, que concentra empresas de alta tecnologia que saíram da universidade que leva o nome da cidade, tem o apelido de Silicon Fen (“Pântano do Silício”).
Em 2010, os investimentos de capital de risco subiram 5% no Vale do Silício, chegando a 5,9 mil milhões de dólares e a região deteve 27% de todo o investimento dos EUA.
Algumas empresas sediadas na região do Silicon Valley: Apple Inc., eBay, Google, Intel, Advanced Micro Devices, Hewlett-Packard (HP), Amazon.com, Facebook...
San José
 
 sede da empresa Apple
 
Luis Romeiro
Nº 20

Nobel da Economia 2012



O prémio Sveriges Riksbank em Ciências Económicas 2012, atribuído pela Academia Real Sueca de Ciências em memória de Alfred Nobel, premeia este ano as investigações de Shapley, de 89 anos, da Universidade da Califórnia, e Roth, de 60 anos, docente na Universidade de Harvard, sobre “soluções práticas para um problema do mundo real”.
Durante o anúncio do Nobel, em Estocolmo, destacou-se que este é um prémio pela “engenharia económica” e sobre como “desenhar um mercado que funcione bem”. Os dois investigadores debruçaram-se sobre as ligações entre diferentes agentes económicos, como estudantes com escolas ou doadores de órgãos com doentes.
A Academia Real das Ciências da Suécia reconhece a Lloyd Shapley os contributos teóricos nos anos 1960, que Alvin Roth “inesperadamente” adoptou duas décadas mais tarde quando desenvolveu investigação sobre o mercado norte-americano para a colocação de médicos nos hospitais.
O investigador da Universidade da Califórnia, apontado como um provável galardoado, é um pioneiro da teoria de jogos, que estuda matematicamente a forma através da qual os actores tomam decisões para servir o seu próprio interesse, utilizando-a “para estudar e comparar vários métodos” destinados a equilibrar a oferta e a procura.
Alvin Roth partiu das contribuições teóricas de Shapley para aplicações práticas, acreditando que poderiam “elucidar o funcionamento prático de mercados importantes”, acrescenta a academia.
A academia destaca um texto publicado em 1962 por Lloyd Shapley em conjunto com David Gale, que morreu em 2008, como o ponto de partida para as investigações que Alvin Roth desenvolveria anos mais tarde.
Recorrendo ao exemplo do casamento, Lloyd Shapley e David Gale conseguiram provar como um determinado algoritmo faz a afectação entre a oferta e a procura em mercados onde não há a formação de preços.
Nos anos 1980, Roth estudou o algoritmo usado desde os anos 50 no programa para a colocação de novos médicos nos hospitais norte-americanos, descobrindo que estava relacionado com o algoritmo de Shapley e Gale – a chamada solução “Shapley-Gale”.
No entanto, um dos problemas detectados no mecanismo de colocação de médicos foi a dificuldade em colocar na mesma região casais de médicos. Foi para resolver a esta dificuldade que, em 1995,Roth foi chamado a desenvolver um novo mecanismo. Com Elliott Peranson, explica a academia, formulou então um novo algoritmo, adoptado pelo programa em 1997, e que permitiu que, com maior sucesso, os lugares onde os candidatos foram colocados coincidissem com a candidatura apresentada pelos médicos.



  (Vencedores: Alvin E. Roth e Lloyd S. Shapley)
                                                                                                           


Gonçalo Carvalho Nº10





Prémio nobel da economia em 2012

   O prémio das Ciências Económicas de 2012, atribuído pela Academia Real Sueca de Ciências em memória de Alfred Nobel, premeia este ano as investigações de Shapley, de 89 anos, da Universidade da Califórnia, e Roth, de 60 anos, docente na Universidade de Harvard, sobre “soluções práticas para um problema do mundo real”.
   Durante o anúncio do Nobel, em Estocolmo, destacou-se que este é um prémio pela “engenharia económica” e sobre como “desenhar um mercado que funcione bem”. Os dois investigadores debruçaram-se sobre as ligações entre diferentes agentes económicos, como estudantes com escolas ou doadores de órgãos com doentes.
   O investigador da Universidade da Califórnia, apontado como um premiado, é um pioneiro da teoria de jogos, que estuda matematicamente a forma através da qual as pessoas tomam decisões para servir o seu próprio interesse, utilizando-a “para estudar e comparar vários métodos” destinados a equilibrar a oferta e a procura. Alvin Roth partiu das contribuições teóricas de Shapley para aplicações práticas, acreditando que poderiam “elucidar o funcionamento prático de mercados importantes”, acrescenta a academia.
 
 
 
 
Jéssica Ferreira N.º13

Importância do progresso técnico


O progresso técnico é indubitavelmente, a principal fonte de crescimento económico. No entanto, o facto de uma multiplicidade de inovações tecnológicas ocorridas - a chamada revolução das tecnologias de informação - não se ter traduzido nos aumentos de produtividade esperados, levou a uma renovação do interesse dos economistas pelas relações entre progresso técnico e performances económicas.
As múltiplas formas pelas quais se concretiza o progresso técnico, assumem crescente importância na determinação das transformações, que se processam a vários níveis, na maior parte das atividades produtivas, no que respeita, quer ao equipamento e às técnicas de produção, quer à organização do trabalho e à estrutura das empresas, quer à modificação dos próprios produtos ou até à organização de toda a atividade económica de uma nação.
Evoluindo, o progresso técnico e o desenvolvimento económico no mesmo sentido, ambos se refletem ao nível dos postos de trabalho, pela supressão ou modificação das formas tradicionais de execução das tarefas e pela criação de novas formas de atividade a que correspondem outras exigências e qualificações profissionais. Mas, apesar de, como é geralmente admitido, o progresso técnico se concretizar, em última análise, ao nível da execução de trabalho, os seus efeitos não se podem limitar às modificações técnicas introduzidas e às reações que elas provocam nos trabalhadores diretamente implicados.

 Mariana Colaço Nº24

Fuga de Cérebros mais que duplica em Portugal

A fuga de cérebros do País mais do que duplicou entre 2002 e 2010, segundo o estudo ‘Empregabilidade e Ensino Superior em Portugal', do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.
Com o agravamento da crise, a saída de diplomados deverá ter aumentado ainda mais em 2011 e 2012, anos não abrangidos pela investigação do ICS.
O estudo verificou ainda "uma tendência de aumento" dos diplomados no desemprego - passou de menos de 30 mil em 2002 para quase 50 mil em 2010. Contudo, esta subida "não se reflete num aumento do peso dos diplomados no total de desempregados", que entre 2002 e 2010 oscilou entre 8,1 e 8,8 por cento. Outro dado do estudo é a redução da importância de ter um diploma para o salário obtido no primeiro emprego. O ‘prémio' de remuneração desceu de +73% em 2002 para +40% em 2009.
Finalmente, o estudo critica o indicador de empregabilidade utilizado este ano pelo Governo para fixação de vagas no Superior, apontando-lhe lacunas e sugerindo a construção de um indicador credível.
 
Mariana Neves Nº25

FUGA DE CÉREBROS

O conceito de “fuga de cérebros” (em inglês brain circulation) (Johnson e Regets, 1998) foi introduzido para traduzir a seguinte perspectiva: indivíduos especializados e com elevadas qualificações circulam entre diferentes locais, incluindo o próprio país, adquirem novos conhecimentos e desenvolvem as suas competências, integram redes internacionais de conhecimento, em vez de se moverem para um local específico e aí se estabelecerem.

 A obtenção de formação pós-graduada é uma das principais motivações para a saída do país indicada pelos investigadores portugueses. Outras razões facilmente identificadas são as melhores condições que estes investigadores encontram em centros de investigação no exterior.

O fenômeno da “fuga de cérebros” afeta com maior incidência os países menos desenvolvidos, onde a atividade científica ainda se encontra num estado embrionário, no entanto este fenômeno não é exclusivo dos países mais pobres. Países tecnologicamente avançados, como é o caso de muitos países europeus, também presenciam esta realidade porque tem-se verificado que mais do que “fugirem”os cérebros “circulam”, mantendo laços com diferentes locais e acumulando sucessivas experiências de mobilidade que muitas vezes implicam o retorno ao país de origem.








MARIANO LANGER

"Fuga de Cérebros"

Fuga de capital humano é uma emigração em massa de indivíduos com aptidões técnicas, normalmente devido a factores como conflitos étnicos e guerras civis, falta de oportunidade e instabilidade política nestes países. A fuga de cérebros pode ser estagnada, através do fornecimento de conhecimento científico para a sociedade para que ela tenha oportunidades de carreira iguais e dando-lhes oportunidades de provar as suas capacidades. O fenómeno é inverso ocorre quando há um fluxo de imigração e pessoas tecnicamente qualificadas para o país, também trazendo consequências financeiras.

·         QUASE UM TERÇO DOS JOVENS QUER SAIR DE PORTUGAL

Um inquérito a estudantes e recém-licenciados concluiu que 29% dos jovens portugueses têm intenção de sair de Portugal. Os países da União Europeia estão no topo das preferências da «fuga de cérebros» em Portugal.
Um trabalho realizado na Universidade de Utrecht, na Holanda, concluiu que 29% dos jovens portugueses com formação superior está activamente à procura de emprego no estrangeiro.
A tese de mestrado apresentada por Bo Irik, uma holandesa que cresceu em Portugal, baseou-se nas respostas de 2387 inquéritos respondidos por estudantes e recém-graduados portugueses para tentar quantificar a dimensão da fuga de cérebros em Portugal. As respostas permitem concluir que 29% dos jovens estão à procura de emprego. O principal facto desta emigração é o desemprego. Sendo os países da EU o destino mais desejado, seguindo-se os Estados Unidos e o Canadá.


                                             Márcio Carvalho Nº22

Fuga de "cérebros"


Fuga de capital humano (também referida como Fuga de cérebros, ou pelo seu termo em inglês, brain drain) é uma emigração em massa de indivíduos com aptidões técnicas ou de com conhecimentos, normalmente devido a fatores como conflitos étnicos e guerras civis, faltas de oportunidade, riscos à saúde, instabilidade política nestes países. Uma fuga de cérebros é geralmente considerado custoso economicamente, pois uma vez emigrados possuem valor da sua formação patrocinada pelo governo.


               
                                                                                                           João Reis Nº17

"Fuga de Cérebros"

   Países pobres em todo o mundo estão a perder os seus melhores profissionais, devido às propostas de trabalho atraentes que existem nos países desenvolvidos.
   Só em África, 30% dos graduados universitários vivem fora do continente, de acordo com o Sindicato de Professores Britânico, uma organização a cargo da elaboração de uma conferência realizada em Londres sobre a "Fuga de Cérebros".
   A situação tornou-se particularmente crítica na área da saúde, onde os trabalhadores altamente qualificados deixam os seus países para melhores empregos no exterior.
   É o caso de Hlay Mia Nee, um médico que substituiu a sua casa na Birmânia para uma nova vida no norte de Inglaterra. "Aqui posso praticar as minhas habilidades e obter mais experiência. Finalmente eu acho que se a democracia prevalece-se no meu país, eu pudia servir melhor a saúde das pessoas", disse ele à BBC.
   O problema é que ele não sabe quando chegará o dia em que pode voltar à sua terra natal.
   E em muitos casos, por diferentes razões, esse dia nunca chega.
 
 
   Um dos organizadores da conferência a ser realizada em Londres sobre o assunto, David Margolies, adverte que os profissionais devem ser encorajados a regressar aos seus países.
   O problema é que muitas vezes "não há infra-estruturas tecnológicas necessárias para esses profissionais mostrarem as suas habilidades", diz Margolies.
   Do seu ponto de vista, há um desafio de cooperação para que esses trabalhadores decidam voltar e sentir que o seu conhecimento pode ser explorado.
   De acordo com Paul Bennett, membro do Sindicato de Professores Britânico, os países pobres estão perdendo também. "Tem que haver um diálogo entre os governos para encontrar formas de compensar os países menos desenvolvidos."
   A organização adverte também que as universidades estão a enfraquecer, tendo poucos profissionais disponíveis para treinar a próxima geração.
   Um desafio que pode ter consequências graves se não se promover políticas que incentivem o retorno e retenção de profissionais nos seus próprios países.
 
 
Henrique Duarte N.º19