quinta-feira, 25 de outubro de 2012

"Fuga de Cérebros"

   Países pobres em todo o mundo estão a perder os seus melhores profissionais, devido às propostas de trabalho atraentes que existem nos países desenvolvidos.
   Só em África, 30% dos graduados universitários vivem fora do continente, de acordo com o Sindicato de Professores Britânico, uma organização a cargo da elaboração de uma conferência realizada em Londres sobre a "Fuga de Cérebros".
   A situação tornou-se particularmente crítica na área da saúde, onde os trabalhadores altamente qualificados deixam os seus países para melhores empregos no exterior.
   É o caso de Hlay Mia Nee, um médico que substituiu a sua casa na Birmânia para uma nova vida no norte de Inglaterra. "Aqui posso praticar as minhas habilidades e obter mais experiência. Finalmente eu acho que se a democracia prevalece-se no meu país, eu pudia servir melhor a saúde das pessoas", disse ele à BBC.
   O problema é que ele não sabe quando chegará o dia em que pode voltar à sua terra natal.
   E em muitos casos, por diferentes razões, esse dia nunca chega.
 
 
   Um dos organizadores da conferência a ser realizada em Londres sobre o assunto, David Margolies, adverte que os profissionais devem ser encorajados a regressar aos seus países.
   O problema é que muitas vezes "não há infra-estruturas tecnológicas necessárias para esses profissionais mostrarem as suas habilidades", diz Margolies.
   Do seu ponto de vista, há um desafio de cooperação para que esses trabalhadores decidam voltar e sentir que o seu conhecimento pode ser explorado.
   De acordo com Paul Bennett, membro do Sindicato de Professores Britânico, os países pobres estão perdendo também. "Tem que haver um diálogo entre os governos para encontrar formas de compensar os países menos desenvolvidos."
   A organização adverte também que as universidades estão a enfraquecer, tendo poucos profissionais disponíveis para treinar a próxima geração.
   Um desafio que pode ter consequências graves se não se promover políticas que incentivem o retorno e retenção de profissionais nos seus próprios países.
 
 
Henrique Duarte N.º19

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