quinta-feira, 25 de outubro de 2012

FUGA DE CÉREBROS

O conceito de “fuga de cérebros” (em inglês brain circulation) (Johnson e Regets, 1998) foi introduzido para traduzir a seguinte perspectiva: indivíduos especializados e com elevadas qualificações circulam entre diferentes locais, incluindo o próprio país, adquirem novos conhecimentos e desenvolvem as suas competências, integram redes internacionais de conhecimento, em vez de se moverem para um local específico e aí se estabelecerem.

 A obtenção de formação pós-graduada é uma das principais motivações para a saída do país indicada pelos investigadores portugueses. Outras razões facilmente identificadas são as melhores condições que estes investigadores encontram em centros de investigação no exterior.

O fenômeno da “fuga de cérebros” afeta com maior incidência os países menos desenvolvidos, onde a atividade científica ainda se encontra num estado embrionário, no entanto este fenômeno não é exclusivo dos países mais pobres. Países tecnologicamente avançados, como é o caso de muitos países europeus, também presenciam esta realidade porque tem-se verificado que mais do que “fugirem”os cérebros “circulam”, mantendo laços com diferentes locais e acumulando sucessivas experiências de mobilidade que muitas vezes implicam o retorno ao país de origem.








MARIANO LANGER

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