A taxa de cobertura (percentagem das importações
"paga" pelas exportações) de bens para Portugal atingiu os 83 por
cento no segundo trimestre deste ano, segundo dados hoje divulgados pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este é um
valor quase doze pontos percentuais superior ao que se registava no mesmo
período de 2011, e resulta de um forte aumento nas exportações (6,8 por cento)
e de uma redução ainda mais forte nas importações (8,3 por cento). Esta
tendência para os dois fluxos vem-se registando nos últimos anos.
Segundo as
estatísticas do INE para o comércio internacional de bens, entre 2004 e 2010 a
taxa de cobertura esteve sempre abaixo dos 65 por cento - ou seja, as
exportações portuguesas não representavam nem dois terços dos bens importados.
No caso do
comércio extracomunitário, a taxa de cobertura subiu para 83,6 por cento; no
entanto, excluindo combustíveis e lubrificantes, a taxa de cobertura com o
resto do mundo já estaria nos 154,6 por cento.
Todos estes
dados referem-se a valores nominais (ou seja, que não estão corrigidos para a
inflação ou para efeitos cambiais).
O contributo
do comércio internacional é considerado vital pelo Governo para o crescimento
da economia nos próximos anos. Para 2012, o Executivo espera que as exportações
portuguesas de bens e serviços cresçam 3,4 por cento (em volume, não em termos
nominais).
Rúben Mourão N.º29
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