A análise da evolução da taxa de natalidade em Portugal desde 1900 até 2007 constitui uma excelente forma de perceber como Portugal tem evoluído em termos de desenvolvimento. De facto, se há um século a taxa de natalidade rondava os 40 nascimentos por cada mil habitantes, sinal de que a mentalidade era outra e a utilização de métodos contracetivos era ainda uma exceção, hoje em dia essa taxa é já inferior a 10 por mil, o que indica a transformação ocorrida em Portugal em termos económicos, sociais e de mentalidade.
Fatores que determina o aumento/diminuição desta taxa
são sociais, fisiológicos e outros. Deste modo,
a taxa de natalidade nos países desenvolvidos é, em geral, mais baixa (devido ao conhecimento de
métodos contracetivos, melhores condições médicas e económicas), enquanto que nos países em
desenvolvimento a taxa de natalidade
é, em geral, superior face ao desconhecimento ou não-divulgação de métodos
contracetivos e à tendência para seguir tradições familiares e religiosas.
Estudos demonstram que as mulheres retardam a
natalidade até conseguirem estabilidade profissional. E, se em 1990 tinham os
filhos antes dos 30 anos, nove anos depois, é no grupo dos 30 aos 34 anos que
se verificam a maioria dos nascimentos. O primeiro filho deixou de surgir aos
26,8 anos para passar a ser aos 29,9.
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