quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Taxa de obesidade em Portugal

Portugal é um dos países com maior taxa de obesidade infantil: 30% das crianças apresentam sobrepeso e mais de 10% são obesas. Na origem destes valores parecem estar comportamentos alimentares inadequados, associados a níveis reduzidos de actividade física. Na verdade a obesidade como doença sempre existiu e há causas genéticas que a explicam mas há dois factores muito importantes que estão na base do crescimento da obesidade infantil em Portugal. São eles a mudança nos hábitos alimentares com a perda dos valores tradicionais da alimentação mediterrânica por parte dos pais, o que se reflecte directamente no comportamento alimentar das crianças (menor consumo de sopa, frutos, hortaliças, entre outros);  e a escolha de produtos de reduzido valor nutricional mas de elevada densidade energética, ou seja, alimentos pobres em nutrientes mas ricos em calorias e que podem engordar, como pizzas, hambúrgueres, refrigerantes e bolos.
Este quadro é agravado com o facto de os portugueses serem o povo da União Europeia que apresenta menor nível de actividade física entre os adultos. Na verdade, sabe-se que pais pouco activos têm maiores probabilidades de que os seus filhos sejam crianças com baixo nível de actividade física
. O sobrepeso e a obesidade reflectem-se num ajustamento psicossocial negativo em várias áreas da vida de crianças e adolescentes, nomeadamente a nível do seu percurso escolar.
Num estudo realizado com 400 crianças em idade pré-escolar verificou-se que cerca de 60% das inquiridas não praticavam exercício físico, e as que o praticavam faziam-no em média uma hora e meia por semana. Já em relação a actividades sedentárias, em média as mesmas crianças despendiam cerca de 11 horas por semana a ver TV e quase 2 horas em jogos de computador. Ora, as crianças não deveriam passar mais de duas horas por dia neste tipo de entretenimento, sendo importante desenvolver actividade física pelo menos uma hora diária.

Na minha opinião o governo não está a tomar medidas para melhor esta situação mas sim para piorar, como por exemplo ao aprovar que a Educação Física no ensino secundário deixe de contar para a média de ingresso no ensino superior. Esta medida vai fazer com que os alunos não se esforcem nesta disciplina ou até mesmo faltem às aulas.
 
 
Raquel Ferreira, nº 28

Sem comentários:

Enviar um comentário