Este quadro é agravado com o facto de os portugueses serem o povo da União Europeia que apresenta menor nível de actividade física entre os adultos. Na verdade, sabe-se que pais pouco activos têm maiores probabilidades de que os seus filhos sejam crianças com baixo nível de actividade física. O sobrepeso e a obesidade reflectem-se num ajustamento psicossocial negativo em várias áreas da vida de crianças e adolescentes, nomeadamente a nível do seu percurso escolar.
Num estudo realizado com 400 crianças em idade pré-escolar verificou-se que cerca de 60% das inquiridas não praticavam exercício físico, e as que o praticavam faziam-no em média uma hora e meia por semana. Já em relação a actividades sedentárias, em média as mesmas crianças despendiam cerca de 11 horas por semana a ver TV e quase 2 horas em jogos de computador. Ora, as crianças não deveriam passar mais de duas horas por dia neste tipo de entretenimento, sendo importante desenvolver actividade física pelo menos uma hora diária.
Na minha opinião o governo não está a
tomar medidas para melhor esta situação mas sim para piorar, como por exemplo ao
aprovar que a Educação Física no ensino secundário deixe de contar para a média de
ingresso no ensino superior. Esta medida vai fazer com que os alunos não se esforcem nesta disciplina ou até mesmo faltem às aulas.
Raquel Ferreira, nº 28
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